Com a volta da época de chuvas o SAAE passa a dar atenção redobrada às redes de esgoto e consequentemente às águas pluviais.
O superintendente da autarquia, Marciano Zamarioli explica que água pluvial é proveniente de chuva, diferente da água fornecida pelo SAAE que é encanada e própria para consumo. “As águas pluviais não podem ser ligadas às redes de esgoto”.
A prefeitura é responsável pela água da chuva, que deve ser drenada separadamente através da rede pluvial. O SAAE por sua vez trabalha com as águas de uso doméstico como, a utilizada no preparo de alimentos ou no banho, descargas de vasos sanitários, lavagem de roupas, dentre outros.
Zamarioli lembra também que “em geral as Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) são projetadas para atender a população com esgoto doméstico, porém, quando as tubulações de águas pluviais são ligadas à rede de esgoto, há um excesso do volume coletado, que pode fazer com transborde causando o mau funcionamento”.
Entenda
Em grande parte dos casos, as ETEs recebem determinado volume de efluentes e se a água da chuva seguir para o mesmo tratamento das de uso doméstico, ocorre o aumento desproporcional da vazão, o que gera dificuldades no processo. Por isso em todo o Estado de São Paulo, o decreto 5.916/75 determina a regra.
É necessário que os imóveis tenham duas saídas, a de esgoto que recolhe os resíduos do vaso sanitário, chuveiro, pias e tanque, que se trata de uma tubulação de menor porte, já que esse volume não costuma sofrer grandes variações. A saída pluvial, que é maior, reúne a chuva e a água de lavagem que escoa por ralos e calhas. Os tubos devem ser separados para que o esgoto seja enviado para tratamento e para que as águas pluviais sejam encaminhadas para córregos e rios